A verdadeira balaiada, a de 1838 a 1841, foi uma importante revolta popular que explodiu aqui no Maranhão, na época chamada Província do Maranhão.
Problemas econômicos acentuavam ainda mais a crise política, trazendo à tona a insatisfação social da população.
Os principais líderes dessa revolta foram Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, Cosme Bento das Chagas e Raimundo Gomes.
Havia uma vontade popular bem no início da revolta, quando sertanejos, vaqueiros e a classe média, resolveram unir as forças, para acabar de vez com os poderosos fazendeiros.
Uma revolta mais que justa, mesmo que depois, a classe média voltasse atrás e se aliasse ao coronel Luís Alves de Lima e Silva, para destruir os balaios, num duro e sangrento combate, onde cerca de 12 mil sertanejos foram mortos.
A “Balaiada” que vemos hoje, em frente ao Palácio dos Leões, é uma cópia mal feita e até desrespeitosa da balaiada real com pessoas reais, numa situação real.
Primeiro: os “combatentes” de hoje, não são pobres. Pelo contrário, são os milionários do estado. A conta bancária recheada até de dólares, algo bem distante da balaiada real.
Segundo: A classe média, hoje, está calada. Não participa de movimento algum da forjada balaiada. A balaiada real, era composta da classe média da época, empenhada totalmente nesse combate.
Terceiro: Na balaiada forjada, os “combatentes” não estão preocupados com a população pobre, nem com os interesses da maioria. São levados em conta apenas os próprios interesses da classe dominante, ou seja, dos balaios forjados.
Quarto: Os balaios verdadeiros conseguiram conquistar a cidade de Caxias. Os balaios forjados, não conseguiram conquistar nem o próprio centro da cidade, onde estão acampados, quanto mais a ilha de São Luis.
Quinto: A balaiada real, ficou pra história como uma revolta popular autêntica, cujo objetivo era a libertação social e econômica dos povos. Bem diferente da “balaiada” forjada, onde o objetivo central é enriquecer a minoria.
A balaiada verdadeira, poderá voltar, quando nós, o povo do maranhão levantarmos as bandeiras, para dizer: não! Não fazemos parte dessa guerra. Essa não é a nossa história. O povo não pegará em armas. E o povo é soberano.
Essa sim, é a nossa História.
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